sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Sancho I de Portugal

4 POSTAGEM: PORTUGAL SEU 2º REI

Reinado6 de Dezembro de 1185
a 26 de Março de 1211
Coroação9 de Dezembro de 1185
Antecessor(a)Afonso I
Sucessor(a)Afonso II
EsposaDulce de Aragão
DescendênciaTeresa de Portugal
Sancha de Portugal
Afonso II de Portugal
Pedro I, Conde de Urgel
Fernando, Conde de Flandres
Mafalda de Portugal
Branca de Portugal, Senhora de Guadalajara
Berengária de Portugal
CasaBorgonha
Nome completo
Martinho
Nascimento11 de Novembro de 1154
Coimbra, Portugal
Morte26 de Março de 1211 (56 anos)
Coimbra, Portugal
EnterroMosteiro de Santa Cruz, Coimbra, Coimbra, Portugal
PaiAfonso I de Portugal
MãeMafalda de Saboia

Sancho I (Coimbra11 de Novembro de 1154 – Coimbra, 26 de Março de 1211), apelidado de Sancho, o Povoador, foi o Rei de Portugal de 1185 até sua morte. Era filho do rei Afonso I de Portugal e sua esposa Mafalda de Saboia. Ele promoveu e apadrinhou o povoamento dos territórios do país — destacando-se a fundação da cidade da Guarda, em 1199, e a atribuição de cartas de foral na Beira e em Trás-os-MontesGouveia (1186), Covilhã (1186), Viseu (1187), Bragança (1187), São Vicente da Beira (1195) ou Belmonte(1199), povoando assim áreas remotas do reino, em particular com imigrantes da Flandres e da Borgonha.


Quinto filho do monarca Afonso Henriques, foi baptizado com o nome de Martinho, por haver nascido no dia do santo Martinho de Tours, e não estaria preparado para reinar; no entanto, a morte do seu irmão mais velho, D. Henrique, quando Martinho contava apenas três anos de idade, levou à alteração da sua onomástica para um nome mais hispânico, ficando desde então Sancho Afonso.
Em 15 de Agosto de 1170 Sancho foi armado cavaleiro pelo seu pai logo após o acidente de D. Afonso Henriques em Badajoz e tornou-se seu braço direito, quer do ponto de vista militar, quer do ponto de vista administrativo. Nestes primeiros tempos de Portugal enquanto país independente, muitos eram os inimigos da coroa, a começar pelo Reino de Leão que havia controlado Portugal até então. Para além do mais, a Igreja demorava em consagrar a independência de Portugal com a sua bênção. Para compensar estas falhas, Portugal procurou aliados dentro da Península Ibérica, em particular o reino de Aragão, um inimigo tradicional de Castela, que se tornou no primeiro país a reconhecer Portugal. O acordo foi firmado 1174 pelo casamento de Sancho, então príncipe herdeiro, com a infanta Dulce, irmã mais nova do rei Afonso II de Aragão.
No ano de 1178, D. Sancho faz uma importante expedição contra mouros, confrontando-os perto de Sevilha e do rio Guadalquivir, e ganha-lhes a batalha. Com essa ação, expulsa assim a possibilidade deles entrarem em território português.
Com a morte de Afonso Henriques em 1185, Sancho I torna-se no segundo rei de Portugal. Tendo sido coroado na Sé de Coimbra, manteve essa cidade como o centro do seu reino. D. Sancho deu por finda as guerras fronteiriças pela posse da Galiza e dedicou-se a guerrear os mouros localizados a Sul. Aproveitou a passagem pelo porto de Lisboa dos cruzados da terceira cruzada, na primavera de 1189, para conquistar Silves (Portugal), um importante centro administrativo e económico do Sul, com população estimada em 20.000 pessoas. Sancho ordenou a fortificação da cidade e construção do castelo que ainda hoje pode ser admirado. A posse de Silves foi efémera já que em 1190 Abu Yusuf Ya'qub al-Mansur cercou a cidade de Silves (Portugal) com um exército e com outro atacou Torres Novas, que apenas conseguiu resistir durante dez dias, devido ao rei de Leão e Castela ameaçar de novo o Norte.

Maravedi (morabitino) em ouro com a efígie de Sancho I
Sancho I dedicou muito do seu esforço governativo à organização política, administrativa e económica do seu reino. Acumulou um tesouro real e incentivou a criação de indústrias, bem como a classe média de comerciantes e mercadores. Sancho I concedeu várias cartas de foral principalmente na Beira e em Trás-os-Montes: Gouveia (1186), Covilhã (1186), Viseu (1187), Bragança (1187), São Vicente da Beira (1195), Guarda (1199), etc, criando assim novas cidades, e povoando áreas remotas do reino, em particular com imigrantes da Flandres e Borgonha. O rei é também lembrado pelo seu gosto pelas artes e literatura, tendo deixado ele próprio vários volumes com poemas. Neste reinado sabe-se que alguns portugueses frequentaram universidades estrangeiras e que um grupo de juristas conhecia o Direito que se ministrava na escola de Bolonha. Em 1192 concedeu ao mosteiro de Santa Cruz 400 morabitinos para que se mantivessem em França os monges que lá quisessem estudar.
POESIA DE SANCHO I


Outorgou o seu primeiro testamento em 1188/89 no qual doou a sua esposa os rendimentos de Alenquer, terras do Vouga, Santa Maria da Feira e do Porto. Seu último testamento foi feito em Outubro de 1209 quase dois anos antes de sua morte. O seu túmulo encontra-se no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, ao lado do túmulo do pai



Títulos e estilos

  • 11 de Novembro de 1154 – 6 de Dezembro de 1185: O Infante Martinho de Portugal
  • 6 de Dezembro de 1185 – 26 de Março de 1211Sua Mercê, El-Rei de Portugal
O primeiro estilo oficial de D. Sancho I enquanto Rei de Portugal:
Pela Graça de Deus, Sancho I, Rei dos Portugueses
Com a Tomada de Silves, em 1189, a titulatura régia evolui para:
Pela Graça de Deus, Sancho I, Rei de Portugal, de Silves e do Algarve
Quando os Almóadas retomam Silves, em 1191, D. Sancho volta a usar o seu estilo oficial original.


Sancho I de Portugal – Wikipédia, a enciclopédia livre

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sancho_I_de_Portugal


Estúdio Raposa » D. Sancho I

https://www.estudioraposa.com/index.php/category/poetas/d-sancho-i

                                                                             COIMBRA, AGOSTO DE 2017
                                                                       Carminda Neves














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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Afonso I de Portugal

Primeiro rei de Portugal. 

3ª PARTE PORTUGAL INÍCIO


3Ficha genealógica:


D. Afonso Henriques, nasceu possivelmente em Coimbra, em 1109, e faleceu em Coimbra em 8 de dezembro de 1185. Casou em 1145/1146 com D. Mafalda, que nasceu em data incerta, e morreu em Coimbra a 4 de novembro de 1157, ficando sepultada no Convento de Santa Cruz; filha de Amadeu II, conde de Sabóia e Piemonte, e da condessa Mafalda de Albon. Tiveram os seguintes filhos:
1. D. Henrique, nasceu a 5 de março de 1147 e morreu jovem;
2. D. Sancho, que herdou a coroa;
3. D. João, nasceu e morreu em data incerta;
4. D. Urraca, nasceu em Coimbra, por volta de 1150, e casou com D. Fernando II, rei de Leão, por 1165; sendo repudiada em 1179; faleceu em ano incerto;
5. D. Mafalda, nasceu em Coimbra, em ano incerto; noiva do conde D. Raimundo de Berenguer, filho do conde de Barcelona, em 1160; faleceu pouco depois;
6. D. Teresa, nasceu em ano incerto; casou com Filipe de Alsácia, conde de Flandres, por volta de 1177; faleceu depois de 1211, em Furnes);
7. D. Sancha, nasceu e faleceu em data incerta.
O monarca teve os seguintes filhos bastardos:
8. D. Fernando Afonso, referido em documentos de 1166 a 1172;
9. D. Pedro Afonso (n. e f. em data incerta), por muitos considerado também irmão do monarca, pois tomou parte na conquista de Santarém e esteve em Claraval antes de 1153.
10. D. Afonso, nasceu em ano incerto; mestre da Ordem de S. João de Rodes, de 1203 a 1206; faleceu em 1 de março de 1207;
11. D. Urraca, que nasceu e faleceu em data incerta.

Filho do conde D. Henrique e da infanta D. Teresa. Terá nascido em Coimbra, ou mais provavelmente em Viseu em 5 de agosto de 1109, de acordo com a tese recente de Armando de Almeida Fernandes, e foi, possivelmente, criado em Guimarães onde viveu até 1128. 
Tomou, em 1120, uma posição política oposta à de D. Teresa (que apoiava o partido dos Travas), sob a direcção do arcebispo de Braga. Este forçado a emigrar leva consigo o infante que em 1122 se arma cavaleiro. Restabelecida a paz, voltam ao condado. Entretanto novos incidentes provocam a invasão do condado portucalense por D. Afonso VII, que, em 1127, cerca Guimarães onde se encontrava D. Afonso Henriques. Sendo-lhe prometida a lealdade deste, D. Afonso VII desiste de conquistar a cidade. Mas alguns meses depois, em 1128, as tropas de D. Teresa defrontam-se com as de D. Afonso Henriques tendo estas saído vitoriosas – o que consagrou a autoridade de D. Afonso Henriques no território portucalense, levando-o a assumir o governo do condado. 
D. AFONSOHENRIQUES E D. MAFALDA DE SABOIA
Consciente da importância das forças que ameaçavam o seu poder este concentrou os seus esforços em dois planos: Negociações junto da Santa Sé com um duplo objectivo: alcançar a plena autonomia da Igreja portuguesa e o reconhecimento do Reino. 
Os passos mais importantes foram os seguintes: 
- fundação do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, em 1131, directamente subordinada à cúria romana – fundação que propiciou a reunião das dioceses portuguesas à metrópole de Braga; 
declaração de vassalagem por parte de D. Afonso Henriques à Santa Sé em 1143 – em virtude de uma nova fase da sua política iniciada com o use do título de rei; 
obtenção da bula de 1179, na qual o papa Alexandre III designava pela primeira vez D. Afonso Henriques rei a ao qual dava o direito de conquistar terras aos Mouros sobre as quais outros príncipes cristãos não tivessem direitos anteriores;
- pacificação interna do reino e alargamento do território através de conquistas aos Mouros  o limite sul estabelecido para o condado portucalense  e assim Leiria em 1135, Santarém e Lisboa em 1147  quer mesmo para além deste, sempre que isso não viesse originar conflitos com o Imperador  e assim Almada e Palmela em 1147, Alcácer em 1160 e quase todo o Alentejo (que posteriormente foi de novo recuperado pelos Mouros).

Em 1139, depois de uma estrondosa vitória na batalha de Ourique contra um forte contingente mouro, D. Afonso Henriques autoproclamou-se rei de Portugal, com o apoio das suas tropas. Segundo a tradição, a independência foi confirmada mais tarde, nas míticas cortes de Lamego quando recebeu a coroa de Portugal do arcebispo de Braga se bem que estudos recentes questionem a reunião destas cortes. Em 1140 Afonso assina pela primeira vez "Ego Alfonsus portugalensium Rex"


FONTES:

www.arqnet.pt/portal/portugal/temashistoria/afonso1.html


Resultados da procura

Afonso I de Portugal – Wikipédia, a enciclopédia livre

https://pt.wikipedia.org/wiki/Afonso_I_de_Portuga

                                       

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                                                         CARMINDA NEVES